sexta-feira, 31 de maio de 2013

Líder petista é apontado como um homem que traiu seus ideais ao chegar ao poder - veja paródia

Na paródia, Lula 'Santo Cristo' é um personagem seduzido pelo poder (Youtube/Reprodução - 30/5/13)
Paródias envolvendo políticos fazem sucesso, mas podem parar na JustiçaUm dos exemplos é o vídeo que compara saga de Santo Cristo de Faroeste caboclo com a carreira de Lula. Em cerca de nove minutos, o líder petista é apontado como um homem que traiu seus ideais ao chegar ao poder


Na paródia, Lula "Santo Cristo" é um personagem seduzido pelo poder
Uma paródia veiculada nas redes sociais com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no papel de João de Santo Cristo abriu mais um capítulo da disputa política entre governo e oposição. Em cerca de nove minutos, o líder petista é apontado como um homem que traiu seus ideais ao chegar ao poder e liderou o movimento conhecido como mensalão. A polêmica foi tanta que Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo (autor da música original), acionou advogados para retirar o vídeo da internet.

O YouTube chegou a retirar a paródia do site, mas, como em outros casos — o mais famoso o do jovem paulista Nissim Ourfali —, cópias replicadas estão disponíveis em diversas páginas na internet para visualização. O antigo alto escalão petista — com José Dirceu, Delúbio Soares e outros — também é alvo da ironia.


O vídeo é uma sucessão de caricaturas embaladas por uma paródia de Faroeste Caboclo, com versos como “Não tinha medo esse tal de Luiz Inácio/Era o que todos diziam quando ele se elegeu/Deixou pra trás todos os valores de esquerda/Que como sindicalista ele sempre aprendeu”. A presidente Dilma Rousseff é citada como “fantoche” do ex-presidente. Para Manfredini, a música de Renato Russo não deve ser usada para atacar outras pessoas. “A obra dele é completa e eu tenho que preservá-la”, disse.

Para o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), o vídeo não causa qualquer impacto na história ou no currículo do ex-presidente Lula, além de não influenciar a opinião das pessoas. “O povo adora o Lula. Além disso, o ex-presidente não vai dar valor a uma coisa dessas. Imagine o peso dele para se preocupar com isso. É como se você andasse na rua e pisasse num formigueiro. Imagine se você vai ficar discutindo com as formigas”, comparou.

Mais polêmica

No começo da semana, uma publicação no Dilma Bolada — um perfil humorístico da presidente, seguido por mais de 348 mil pessoas — que fazia chacota com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), foi retirada do ar. Depois da pressão de usuários do site, o Facebook pediu desculpas e admitiu que o conteúdo foi removido de forma indevida. O caso começou com um post feito no último sábado com críticas aos comentários feitos pelo parlamentar. Jeferson Monteiro, responsável pelo perfil Dilma Bolada, disse ao Correio que o post foi retirado por causa da manifestação de usuários que não aprovaram o conteúdo da publicação. “Acredito que o caso foi desencadeado graças a uma ação em massa de algumas pessoas que não gostaram da postagem. O post foi retirado do ar cerca de três horas depois que havia sido feito, e muita gente me perguntou o que havia acontecido. Todos ficaram sem entender.”

Apesar dos problemas, Monteiro acredita que a polêmica é salutar. “Vivemos em um país livre e é saudável que tenhamos pessoas com diferentes opiniões. Acho que foi um episódio importante no debate da liberdade de expressão nas redes sociais no Brasil”, opinou.

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